Ontem uma pessoa que leu o último post me fez a seguinte pergunta (sem pé nem cabeça, é verdade): se eu não achava que estava me intrometendo no direito das minorias, ao defender um direito que é delas? Que eu não devo me intrometer nisso!
Ou seja, como eu sou hetero. devo assistir a massacre de homossexuais de braços cruzados, eles e elas que se virem!
Os homens devem deixar as mulheres serem estupradas, sofrerem todo o tipo de opressão, e não devem fazer nada, afinal esse não é um problema deles!
Entre tantos exemplos que eu podeia citar!
Só para lembrar, antes de ser mulher ou homem, branca ou negra, hetero ou homossexual, ainda somos seres humanos!
Lembrei imediatamente desse texto:
Marcos é gay em San Francisco, negro da África do Sul, asiático na Europa, hispânico em San Isidro, anarquista em Espanha, palestiniano em Israel, indígena nas ruas de San Cristóbal, rocker na cidade universitária, judeu na Alemanha, feminista nos partidos políticos, comunista no pòs guerra fria, pacifista na Bósnia, artista sem galeria e sem portfolio, dona de casa num sábado à tarde, jornalista nas páginas interiores do jornal, mulher no metropolitano depois das 22h, camponês sem terra, editor marginal, operário sem trabalho, médico sem consultório, escritor sem livros e sem leitores e, sobretudo, zapatista no Sudoeste do México...
(Marcos foi subcomandante na guerrilha Zapatista, foi acusado por um jornal americano de ter trabalhado em um bar gay em São Francisco)